quinta-feira, 10 de junho de 2010

TRT determina circulação de, no mínimo, 60% da frota de ônibus durante greve

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, na manhã desta quinta-feira (10/6), que pelo menos 60% da frota de ônibus do Distrito Federal circule durante a greve. Os rodoviários ameaçam paralisar as atividades a partir da próxima segunda-feira (10/6). De acordo com a decisão judicial, quem descumprir a ordem terá que pagar uma multa de R$ 100 mil por dia.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Joaosorio da Silva, a categoria vai recorrer da decisão. Para ele, a determinação foi arbitrária e não respeita o direito de greve. “Diariamente no DF, o efetivo em circulação não é de 60 %, mas entre 40% e 50%. Somente nos horários de pico 100% dos ônibus funcionam”, destaca. Segundo Joaosorio da Silva, caso o recurso do sindicato não seja aceito ou não haja um retorno acerca dele até domingo (13/6), quando haverá uma nova assembleia, a categoria vai avaliar se segue ou não a determinação judicial.

No início da manhã desta quinta-feira (10/6), os cerca de 2,3 mil ônibus que compõem a frota do DF ficaram parados nas garagens, o que prejudicou, aproximadamente, 300 mil pessoas. De acordo com o diretor do sindicato da categoria, Lúcio Lima, a paralisação relâmpago desta manhã teve o objetivo de informar aos funcionários sobre o andamento das negociações. Além disso, foi uma forma de pressionar os empresários a atender as reivindicações dos rodoviários.

Segundo o presidente do sindicato, nenhuma empresa havia entrado em contato para negociar até por volta de 12h. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros e das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do DF (Setransp), por meio da assessoria de imprensa, destaca que não é possível atender às reivindicações dos rodoviários porque não houve reajuste de tarifas, o que impossibilita qualquer aumento salarial. O sindicatos dos patrões destaca ainda que, enquanto não houver a abertura de uma negociação pelo GDF quanto ao reajuste das tarifas, não será feita nova proposta aos rodoviários. Além disso, os empresários dizem terem sido pegos de surpresa com a paralisação de hoje e que ainda não há um plano de ação para evitar a greve.

Reivindicações
O principal desejo da categoria, segundo o diretor do sindicato, é um reajuste salarial de 20%, além de aumento igual no tíquete cesta básica. Os rodoviários reivindicam ainda plano de saúde, licença maternidade de seis meses, fim da obrigatoriedade da jornada extra e renovação da frota de ônibus com motor traseiro.

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